Já ouviu falar em Disfunção Endotelial?

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Antes de mais nada, precisamos explicar o que é o Endotélio Corneano. Se trata da camada mais interna da córnea, composta por células responsáveis por transferir fluidos e nutrição que garantem a hidratação e transparência dessa estrutura para uma visão nítida.

Quando essas células deixam de funcionar corretamente, se inicia a Disfunção Endotelial. Ao não bombear os líquidos para fora, ocasiona-se o inchaço da córnea e a perda da sua transparência que resultam na dificuldade de enxergar por conta da visão que se torna turva.

Dentre os problemas que ocasionam a falha do Endotélio Corneano, estão:

– As disfunções endoteliais congênitas, presentes desde o nascimento;

– Distrofia endotelial de Fuchs, uma doença de caráter genético e bilateral, que geralmente atinge mais o sexo feminino e tem seus sintomas manifestados por volta dos 30 a 40 anos.

– Ceratopatia Bolhosa por trauma endotelial, um trauma que pode ocorrer por uma perfuração ocular acidental ou durante uma cirurgia com necessidade de grande manipulação ocular.

Na fase inicial, os portadores de disfunções da Córnea costumam manifestar visão turva ao acordar, apresentando melhora dos sintomas ao longo do dia. Podem também manifestar dor nos olhos, sensibilidade à luz, halos ao redor da fonte de luz e perda de transparência da córnea.

As dores e desconforto causados pela doença são aliviados pelo uso de colírios e pomadas, porém esse tratamento tem eficácia limitada aos casos iniciais. Para os casos mais avançados é recomendado um transplante endotelial. O transplante surgiu como forma de remover apenas a parte danificada da córnea. Desta forma, não existe necessidade de transplantar o órgão completamente, reduzindo o tempo de recuperação e diminuindo riscos de rejeição e infecções.

Atualmente, existem novas técnicas disponíveis. A chamada DSAEK, que confecciona uma lamela na profundidade de 80-90% e a DMEK onde é enxertada apenas a membrana e o endotélio, substituindo apenas a parte necessária da estrutura. Ambas as técnicas possuem suas individualidades, apenas o médico oftalmologista pode identificar qual melhor se adapta ao paciente e sua condição.

Portanto, é indispensável atentar-se a sintomas incomuns na sua visão e manter as consultas com seu médico oftalmologista de confiança sempre em dia.